quarta-feira, 9 de junho de 2010
Cláudia Schulz - JURADA 11 anos ROSÁRIO EM CENA
Bacharel em Artes Cênicas – Habilitação em Interpretação Teatral e Habilitação em Direção Teatral - Universidade Federal de Santa Maria / Santa Maria – RS (2004/2005). Mestre em Arte Visuais com o foco de pesquisa centrado em web performances pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais- Universidade Federal de Santa Maria / Santa Maria – RS (2010), na Linha de Arte e Cultura. Foi Professora Assistente no Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria 2006 a 2008. Dentre vários festivais que participou destaca-se o 14º Porto Alegre em Cena. É organizadora do Festival de Teatro Independente de Santa Maria que vai para sua terceira edição no ano de 2010 e coordenadora do Projeto Palco Fora do Eixo em âmbito nacional.
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Cláudia Schulz
Macondo Coletivo
Núcleo Teatral/ Sustentabilidade
(55) 9633-8309
Ao VIII Rosário em Cena (arquivo FESTIVAL)
“O essencial é invisível aos olhos...só vê bem com o coração”... esta frase que estampava alguns dos baners e, que particularmente, me atrai e me fascina, resume muito da essência que este festival proporcionou aos seus participantes. Peço desculpas por ter que ir embora antes do final, mas resolvi deixar algo escrito, pois senti necessidades de colocar minhas opiniões.
Em primeiro lugar gostaria de dizer que este VIII Rosário em Cena foi a primeira vez que participo em período integral de um festival. E minha participação iniciou com um convite para ajudar na seleção dos espetáculos que aqui foram apresentados.E é sobre isso que vou começar falando.
A seleção foi realizada por min e pelo Helquer (o homenageado do festival).
Como todos os grupos, sem exceção, não nos enviaram o DVD do espetáculo, foi quebrado o requisito referente a este aspecto. Assim a seleção foi elaborada a partir do material enviado pelos grupos que continham basicamente a ficha técnica, sinopse, material visual (foto, cartaz, folder e reportagens), entre outros dados. Com relação a isso, basicamente, tenho a dizer que assim com o próprio festival Rosário em Cena tem-se desenvolvido, isso que nunca participei de um, mas que a maioria dos participantes ressalta esse amadurecimento e, principalmente, essa organização, acredito que os grupos que aqui se inscreverem no próximo ano devessem fazer a mesma coisa, prezar pela organização e elaboração do material enviando para a seleção. Tenho consciência de que alguns lugares a elaboração de um material digital (DVD) não é de fácil alcance, mas ainda ressalto, que assim como os organizadores deste festival não medem esforços para o crescimento do mesmo, acredito que a recíproca deveria estender-se aos participantes.
Em segundo lugar gostaria de dizer que a iniciativa de trazer espetáculos internacionais, como aconteceu este ano, foi de grande valia. Sou suspeita para falar, pois eu ajudei a selecioná-los, mas quando recebemos suas inscrições a primeira coisa que eu disse foi: “Vamos trazê-los, sem preocupar-nos se é bom ou ruim, mas simplesmente para ver como eles fazem teatro”, e acredito que termos selecionados esses grupos foi fazer com que todos tivessem, agora parafraseando meu colega de grupo Daniel, “uma aula”, mas somente isso, uma dose de paixão que nos deixou suspendidos, não só durante sua realização, como com certeza pro resto de nossas vidas!
A eles um minuto obrigado.
Mas, essa iniciativa e essa troca só se dá porque existe um festival que construiu sua história a partir dos grupos nacionais, ou seja, nós! A nós ergo meu corpo de ceva nesse período de clima destemperado, onde não se sabe mais se é verão ou inverno, e brindo as pessoa que neste palco italiano ou arena passaram. Agradeço a todos por estarem aqui. A nós um brinde pela festa dionisíaca!
Bem, agora chega de rasgar ceda e quero finalizar minha carta com outra frase do Exupéry “.cativar significa criar laços...” , e é isso que foi o que aconteceu comigo, desde o momento da seleção, até dormir no “cafofo” lá dos fundos, até arrumar as cadeiras... os laços que aqui criei fortalecem e revigoram minha vontade de FAZER TEATRO, em ser do teatro, e saber que é uma arte feita pelo ser humano, sobre o ser humano e para o ser humano, uma arte que mexe com o que é mais válido: o coração!
Deixo aqui meus agradecimentos a equipe de organização pelo empenho e também por não desistir dessa causa. Aos participantes um grande grito de MERDRA (como diria Jarry)! Até o ano que vem.
Cláudia Schwlz
Atriz, Diretora e Professora de Teatro Graduada em Artes- Cênicas na UFSM
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