domingo, 22 de maio de 2011
Em Ceninha 2011 - Prepare-se, vai ser muitoooooooo legal!
COM RONY PEREIRA
Rony Almeida Pereira
Ator professor e pesquisador de teatro e educação
Contação de Histórias
O caixeiro Viajante
Breve contexto histórico do teatro na educação
“O teatro é a arte de manipular os problemas humanos apresentando-os e equacionando-os” Olga Reverbel. Partindo deste conceito é que situamos o teatro com uma função social e pedagógica e garantindo a sua qualidade e respeitando a complexidade do fazer teatral.
O teatro sempre esteve presente na educação desde as épocas mais remotas Maria Signorelli em seu livro “A criança e o Teatro” afirma, que através de documentos e descobertas arqueológicas, comprova-se que existiu teatro para ou cenas nas quais as crianças participavam. Nas criptas e sepulturas de crianças gregas, egípcias e romanas foram encontrados bonecos articulados como as marionetes de hoje que eram utilizados como distrações. Sabe-se também que na Grécia antiga, a criança era exercitada em seus primeiros anos de vida através de jogos educativos para aperfeiçoá-la como adulta. Relacionamos então de certo modo com o espetáculo narrado por Platão e suas leis:
“todos os meninos, desde os três anos até chegar a idade em que tenham que intervir na guerra, deverão participar de procissões e orações públicas, dançando e marchando, ora velozmente, ora lentamente”
Sabe-se ainda que as crianças, na Grécia antiga participavam de manifestações religiosas e sociais desenvolvidas em forma de espetáculo. Assim a criança era iniciada no canto, na dança, o primeiro associado à serenidade da alma, e o segundo associado às mímicas para o aprimoramento da sensibilidade do espírito.
A velocidade da tecnologia, as informações cada vez mais rápidas, computador, Internet, coisas que estão presentes no cotidiano escolar e que com certeza são importantes. Porém podemos observar que pouco tempo é dedicado a arte, e com isso o desenvolvimento das potencialidades cognitivas principalmente a imaginação e a criatividade estão comprometidas.
Nesse sentido, a contação de histórias “o caixeiro viajante” explora o universo da criatividade e da imaginação, propondo aos educandos um mergulho num universo lúdico, não apenas ouvindo as histórias mas também participando delas
Caixeiro Viajante
Um caixeiro viajante de passagem por qualquer lugar, em qualquer momento porém cada momento é único em que ele conta as histórias em que aprendeu com os tantas pessoas com quem conheceu de maneira passageira mas não menos importante, pois cada pessoa que passa deixa um marca um sinal...
Ficando sozinho em lugares diferentes em cidades diferentes com um vida sem raízes e sem rotina ela acaba fazendo da estrada o seu lar e dos passantes seus familiares... cada pessoa que ele conhece, acaba deixando com ele alguns objetos como lembrança. Objetos estes que são elementos que o fazem recordar das histórias que serão contadas.
As histórias contadas por este personagem são: “A Moça tecelã” da Marina Colasanti, “História para Flávio” de Raquel de Queiróz e a a “Princesa na Torre” uma livre adaptação de alguns contos tradicionais infantis onde as crianças são caracterizadas e compõem os personagens da história, quebrando a quarta parede, ultrapassando os limites do palco e do espectador.
Estamos tratando aqui de uma contação de história que propõem o desenvolvimento da imaginação, da sensibilidade, da criatividade e principalmente o prazer da experiência estética.
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